Curso Prático de Moxabustão: restaurando a tradição dos imigrantes japoneses

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artemisia moxabustao“Resgatar e enriquecer terapêuticas populares introduzidas pelos japoneses no Brasil”. Com este objetivo, o professor e acupunturista Yoshihiro Odo estará ministrando o curso “Treinamento de Moxabustão e Diagnóstico Tátil de Estilo Japonês”, nos próximos meses de maio e junho, no Bunkyo.

Trata-se de um curso que tem por objetivo introduzir a prática terapêutica e priorizar a experiência e o treinamento dos participantes a partir do feitio da moxa e da confecção de artefatos de bambu que auxiliam sua aplicação. As aulas incluem mais de dez técnicas diferentes do uso do moxabustão para fins terapêuticos.

Já o treinamento de diagnóstico tátil visa capacitar o participante para uma primeira avaliação sobre as necessidades e indicações terapêuticas recomendadas para a aplicação mais segura e eficiente da moxabustão.

Yoshihiro Odo é diplomado pela Escola Kokusai Shinkyu Senmon Gakko de Acupuntura e Moxabutão em Tóquio e pela Kuretake College of Medical Arts & Sciences em Tóquio (Teacher Training Course of Acupuntures e Moxibustion).

Yaito e castigo nos tempos da colônia

Entre as lembranças da época de infância, não são poucos os nisseis que nunca se esqueceram do “yaitô”. Certamente, não são “doces” lembranças, mas uma espécie de castigo diante de alguma travessura!

Yaitô, nome antigo da moxa (moxabustão) consiste em aquecer e queimar determinados lugares doloridos ou recomendados pela tradição da medicina oriental.

Se para os moleques “yaitô” era castigo por meio da queimadura (que, na realidade, incomodava mais pela dor moral do que física!), para os avós era a fórmula eficaz da autocura e autocuidado de acabar com as dores e doenças.

O moxabustão é uma arte milenar, afirma Yoshihiro Odo, professor e acupunturista, “que conta com uma imensa variedade de recursos técnicos, e que tem sido aperfeiçoada ao longo dos tempos, através de aplicações caseiras e também profissionais”.

De acordo com ele, em diversos núcleos agrícolas de imigrantes japoneses, sempre era possível encontrar cultivos da erva artemísia vulgares, matéria-prima para confecção do moxa (mogussá na pronúncia original).

Com a derrota na Segunda Guerra Mundial e a postura de distanciamento das raízes culturais, a memória do “yaitô”, entre os nipo-brasileiros, ficou relacionada a algo desagradável. “Foram poucos os que reconheciam como uma das mais importantes terapêuticas da medicina oriental, e que serviram para manter a saúde e longevidade dos seus ancestrais”, assinala Odo, destacando a importância de resgatar os procedimentos terapêuticos populares introduzidos pelos japoneses no Brasil.

Curso: Treinamento de Moxabustão e Diagnóstico Tátil de Estilo Japonês
Módulo 1: dias 10 e 11 de maio, das 9h às 18h
Módulo 2: dias 7 e 8 de junho das 9h às 18h
Investimento total:
Até 20 de abril – 1 x de R$ 920,00 ou 2x de R$ 500,00
Após 20 de abril – 1x de R$ 1.000,00 ou 2 x de R$ 550,00
Local: Bunkyo – Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – São Paulo – SP
(próx. da Estação São Joaquim do Metrô)
Informações e Inscrições: cursos@acuterapia.com.br

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