Faleceu Tomie Ohtake, a primeira dama das artes no Brasil

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tomie ohtake 97Aos 101 anos de idade, faleceu hoje, a artista plástica Tomie Ohtake que estava internada no Hospital Sírio Libanês para tratar de pneumonia. O velório será realizado neste dia 13 de fevereiro, sexta-feira, das 8h às 14h, no Instituto Tomie Ohtake, localizado na Rua Coropés, 88, no bairro de Pinheiros, São Paulo. O corpo será cremado em cerimônia exclusiva à família.

“Gosto de formas livres”, dizia Tomie Otake, essa imigrante de japoneses, nascida em Kyoto em 1913 que chegou ao Brasil em 1934. Foi somente aos 40 anos de idade que passou a dedicar-se à pintura depois de “criar os dois filhos, (Ruy e Ricardo)”, como gostava de contar.
Suas atividades artísticas iniciaram nos anos de 1950, integrando-se ao Grupo Seibi (Grupo de Estudos de Artistas Plásticos de São Paulo), que reunia artistas japoneses e foi fundado em 1935.

A artista plástica Tomie Ohtake despontou em 1960 e no ano seguinte participou da VI Bienal de São Paulo. E, numa mais parou – exerceu com plenitude sua capacidade de renovação tendo como referência a cor e geometria. Foram diferentes fases, seja na pintura, composição de gravura e esculturas.
Participou de cinco Bienais, colecionou 28 importantes prêmios, realizou 55 individuais e 85 coletivas no Brasil e no exterior. Suas criações figuram nos principais espaços de arte nacionais e internacionais.

“Reconhecida como a primeira dama das artes no Brasil, Tomie Ohtake é reconhecida e respeitada como um verdadeiro ícone da comunidade nipo-brasileira e do intercâmbio Brasil-Japão. É uma pessoa que, com sua sensibilidade e incansável trabalho transformou-se numa cidadã do mundo e motivo de orgulho para todos nós. É com muita tristeza que recebemos a notícia de seu falecimento”, afirmou Kihatiro Kita, presidente do Bunkyo.

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