Assembleia Legislativa celebra a amizade Brasil-Japão

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guenkanNeste ano dedicado à comemoração da amizade Brasil-Japão, a Assembleia Legislativa de São Paulo, em parceria com o Bunkyo, apresentará duas exposições que abordam alguns aspectos do relacionamento entre esses países.

A primeira chama-se “A moradia dos imigrantes japoneses” e enfoca a presença dos japoneses nas diversas frentes de colonização, principalmente no Estado de São Paulo, e as soluções adotadas na construção de suas casas somando as técnicas trazidas da terra natal às existentes no Brasil.

A segunda é uma exposição fotográfica comemorativa aos 60 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, entidade representativa da comunidade nipo-brasileira em nosso país. A coleção de imagens documenta a trajetória da entidade bem como os momentos históricos que sedimentam o intercâmbio Brasil-Japão.

60 anos 1Neste ano, “temos a feliz coincidência de uma série de significativas comemorações”, destaca o deputado Hélio Nishimoto, justificando a iniciativa em organizar essas duas exposições na Assembleia. Juntamente com os 120 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, comemoram-se também os 100 anos da instalação do Consulado Geral do Japão em São Paulo, os 107 anos da chegada do navio Kasato-Maru trazendo a primeira leva de imigrantes japoneses ao Brasil e os 60 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo.

Assim, prossegue o deputado Nishimoto, “desejamos não somente prestar homenagem aos japoneses e à comunidade nipo-brasileira, como trazer ao público informações que enaltecem esse ano comemorativo envolvendo os dois países e tem como ponto alto a honrosa visita dos príncipes Akishino e Kiko ao Brasil a partir do dia 28 de outubro”.

Serviço

Comemoração da Amizade Brasil-Japão

– Exposição: “A moradia dos imigrantes japoneses”
Dia/hora: de 20 a 30 de outubro de 2015
Local: Espaço V Centenário da Assembleia Legislativa

– Exposição: “Bunkyo: 60 anos – sua trajetória”
Dia/hora: de 22 a 27 de novembro de 2015
Local: Hall Monumental da Assembleia Legislativa

Apoio cultural: As exposições contam com o apoio da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado estadual Hélio Nishimoto, Fundação Kunito Miyasaka e Madel.

 

A MORADIA DOS IMIGRANTES JAPONESES

Apresentação

Os imigrantes japoneses que atravessaram mares em busca de uma vida melhor, em que tipo de casas moravam?

A maioria deles, ao chegar, trabalhou como colono tornando-se depois produtor independente nos núcleos de colonização. Muitos deles, mais tarde, foram morar nas cidades (ou próximo delas).

Nessa trajetória, os materiais construtivos de suas moradias vão mudando: casa de colono, rancho de palmito, casas de taipa, casas de madeira e de alvenaria.

Nesta exposição, ao invés de periodizar o uso de determinados tipos de moradias por esses imigrantes, buscou-se destacar a técnica construtiva aplicada nessas edificações.

Entre as diversas soluções adotadas na construção, estão as técnicas de encaixe (ensambladuras) utilizadas pelos carpinteiros imigrantes japoneses.

Selecionamos imagens que revelam essa tradição e as soluções trazidas, e aqui adaptadas, numa hibridação que se processou ao longo dos anos. Ao mesmo tempo em que ressaltam a busca constante de um refinamento estético dos domicílios e sedes das entidades.

Esta exposição refere-se ainda ao tombamento das construções dos imigrantes japoneses como bens históricos nacionais. Na região de Registro (que em 2013 completou o Centenário da colonização japonesa), ao todo são 13 edificações e um patrimônio paisagístico (primeiras mudas de chá), tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). E há, também, o Casarão do Chá, em Mogi das Cruzes.

Na construção da moradia definitiva eram empregados materiais abundantes encontrados no local. No entanto, na maioria delas, um elemento caracteriza a arquitetura desse imigrante japonês: o guenkan (pórtico).

Nas edificações do Japão, esse era o local onde tirava-se o sapato antes de, propriamente, entrar na casa ou edifício. No Brasil, mesmo sem esse costume, ele foi reproduzido como um elemento simbólico da identidade étnica-cultural.

Assim, em nossa terra, o guenkan acabou compondo com as tradicionais varandas brasileiras.

Carpinteiros Imigrantes

Os mestres carpinteiros chegaram desde a leva pioneira do navio Kasato-Maru, em 1908, e após breve passagem pelas fazendas de café, passaram a atuar em seu ofício.

Muitos deles tiveram a oportunidade de praticar a tradição de seu conhecimento, introduzindo adaptações às condições do novo ambiente.

Nem todos os imigrantes puderam contar com a habilidade desses profissionais ao erguer sua moradia definitiva. Mas, sempre havia algum morador local conhecedor das técnicas básicas, disposto a prestar orientações.

Confira o calendário de eventos completo