Missa de Sétimo Dia em memória de Seiji Ito

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“Cada um de vocês recorda a pessoa querida que se foi há sete dias. Recordaremos com saudade a despedida de alguém que permanecerá vivo entre todos nós. A nosso gratidão pela presença, pelo cuidado e orações”.

Este é o convite enviado pelos filhos de Seiji Ito, Meire, Johnny e Helen, para a Missa de Sétimo Dia, no Santuário São Judas Tadeu (Av. Jabaquara, 2682, Mirandópolis), no próximo dia 27 de fevereiro, sábado, às 12h.

A família informa que a Missa poderá ser acompanhada ao vivo, pela Web TV – www.youtube.com/santuariosaojudastadeu. O link deve ser acessado minutos antes do início do ofício.

Seiji Ito faleceu no último dia 18 de fevereiro, aos 81 anos de idade, decorrente de problemas cardíacos e respiratórios. 

Dedicação ao Pavilhão Japonês e às carpas coloridas  

“As nossas carpas coloridas ficaram órfãs”. Este foi o lamento de Cláudio Kurita, presidente da Comissão Administração do Pavilhão Japonês, diante da notícia de falecimento de Seiji Ito.

Ito-san, passou a frequentar o Pavilhão Japonês, desde 1964, e era considerado como o mais fiel guardião do local e de suas carpas coloridas. Embora nos últimos 9 anos fizesse hemodiálise três vezes por semana, pelo menos um dia reservava para cuidar das carpas que envolviam desde alimentação correta, oxigenação da água, limpeza do lago, cuidados com a saúde dos peixes, etc, etc. Muitas vezes, não doava somente seu tempo – diante da emergência, não vacilava comprar os produtos com seu próprio recurso.

Para Ito-san, em 2017, depois de 53 anos atuando como voluntário no Pavilhão, ao receber o Diploma de Reconhecimento do cônsul-geral Takahiro Nakamae, foi um momento de plena felicidade.

Ito-san conta que conheceu o Pavilhão em 1955, em sua primeira visita a São Paulo – morava em Manacupuru (interior de Amazonas) onde emigrou com a família, em 1954.

Sua aproximação definitiva com o Pavilhão aconteceu na gestão de Guenichiro Nakazawa (que foi presidente do Bunkyo de 1975/1979). Ito-san era funcionário da Cooperativa Agrícola Sul-Brasil e foi convocado por Nakazawa (que também era presidente da Cooperativa) para cuidar das plantas desse local. E nunca mais se separou delas.

Atuou em muitas entidades nipo-brasileiras como dedicado voluntário, mas o relacionamento com a criação de nishikigoi foi intenso e duradouro. Conta que, em sua terra natal, um dos seus tios foi criador de carpas coloridas e, portanto, já tinha algum conhecimento, mas que, a partir da convivência com os criadores no Brasil, interessou-se em aprofundar esses estudos.

Os primeiros nishikigoi chegaram ao Pavilhão em 1980, ocasião em que se realizou a 1ª Exposição de Nishikigoi nesse local e deu incremento à Associação Brasileira de Nishikigoi – ABN (fundada em 1978).

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