Encontro realizado no Bunkyo na manhã do último dia 9 de maio confirmam que os transtornos causados pelas obras na rua Galvão Bueno e Siqueira Campos ainda vão continuar por pelo menos 2 meses.
A reunião, conduzida pelo vereador Aurélio Nomura, contou com a presença de cerca de 60 moradores e comerciantes da região, que não só ouviram atentamente as explicações dos responsáveis pela obra como também estiveram emprenhados em dirimir suas dúvidas e encaminhar suas reivindicações.
Os engenheiros Michel C. Kange, superintendente de Obras da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb) e Roberto Keppler, engenheiro da Siurb responsável pelas obras no Bairro da Liberdade, explicaram que os problemas de infraestrutura no quadrilátero do Bairro da Liberdade apareceram há cerca de 3 anos com a enchente na região do cruzamento da rua da Glória com a São Joaquim e mais tarde como o surgimento de um buraco na rua Siqueira Campos.
Dois problemas com a mesma origem: a rede de drenagem de águas pluviais deteriorou-se, não só por ter sido construída há muitos anos, como também pela ligação clandestina com a água de esgoto. “A rede de águas pluviais é feita de cimento, mas ao receber esgoto suas paredes são corroídas por causa da composição química desse material”, explica Kange, destacando que “infelizmente, muitos prédios e casas comerciais, por uma questão de comodidade e economia, acabam fazendo ligação clandestina da rede de esgoto na canalização destinada às águas da chuva”.
Na região da Liberdade, as obras de reparos se deparam com mais um grave problema: um solo muito mole (principalmente na região da Galvão Bueno). “Assim, antes do reparo, tivemos de fazer um tratamento com cimento e água para dar mais firmeza ao solo”, justifica o engenheiro Keppler, explicando que antes fora aplicado outro método que não deu certo e causou muitos transtornos ao entorno, tais como rachaduras nas paredes das construções, entupimento da rede de esgoto, rompimento dos cabos de energia elétrica, sem contar o barulho e a sujeira provocada por água e pó.
Para certo alívio dos presentes, os responsáveis disseram que as obras apresentam “bom andamento”, mas não tem uma previsão definitiva sobre seu término.
Os transtornos da Rua Siqueira Campos, com tapumes e impedimento ao trânsito ainda vão durar cerca de dois meses.
Já os transtornos da rua Galvão Bueno (esquina com a São Joaquim) vão durar mais uma semana.
No entanto, esclarecem os responsáveis: os moradores dessas regiões não estarão livres dos barulhos e das máquinas, pois as obras subterrâneas ainda vão continuar com os reparos e/ou construção das redes de drenagem.
Assim, por exemplo, o trecho da rua Galvão Bueno voltará a ter seu leito asfaltado e aberto ao trânsito, mas ainda permanecerão por tempo indeterminado 3 shaft – tubulações abertas para acesso de funcionários e material para as obras subterrâneas.
Com perguntas abertas ao público, uma das reclamações foi a falta de informações aos moradores, falta de planejamento das obras, principalmente quanto ao seu início e término, preocupação com os ressarcimento das perdas materiais, entre outros.
Bastante solícitos, os engenheiros responsáveis reiteraram que nessas obras sempre tem um engenheiro responsável pelo andamento das obras e que estes estão autorizados a prestar todos os esclarecimentos aos interessados.
O encontro que prosseguiu até o meio dia, com a firme condução do vereador Nomura, contou ainda com a presença do assessor do subprefeito da Regional da Sé, Fábio Campos; encarregado da Distribuição e Coleta da Sabesp, Carlos Alberto Costa, e do presidente da ACAL, Yoshifumi Ikesaki.