Shinji Tanaka, 83 anos, escritor, pintor e ilustrador, lutava contra o câncer de pâncreas e faleceu no último dia 7 de setembro por falência múltipla dos órgãos. A missa de sétimo dia em sua memória será realizada no próximo domingo, dia 16, às 10h15, na Igreja São Francisco de Assis (R. Borges Lagoa, 1.209 – Vl. Clementino, São Paulo – SP, tel.: (11) 5576-7974).
“Andes no Kaze”, literalmente “Ventos de Andes”, editado em outubro de 2017, reúne ilustrações e textos. O livro é uma espécie de testamento de Shinji Tanaka em que ele reproduz suas paisagens andinas preferidas, em especial da Bolívia, local para onde emigrou nos anos de 1950.
As condições precárias da selva boliviana foram insuportáveis para esse jovem que abandonou o segundo ano do curso de artes para se aventurar pelas terras latinas. Não gostou do trabalho local, mas as paisagens andinas ficaram para sempre gravadas em sua memória.
Shinji Tanaka chegou ao Brasil em 1955 e em 1960 passa a trabalhar na redação do Jornal Paulista, um dos jornais nipo-brasileiros pós-guerra, fundado pelo chamado grupo makegumi (admitia a derrota do Japão na Segunda Guerra). Três anos depois se transferiu para a Cooperativa Agrícola de Cotia e a partir de 1970 passou a trabalhar de freelancer como ilustrador e compilador de livros sobre temas variados da comunidade nipo-brasileira. Em relação ao Bunkyo, é de sua autoria as edições em língua japonesa sobre a história de 40 e 50 anos da entidade.
Shinji Tanaka, com seu estilo figurativo, realizou diversas exposições individuais (no Bunkyo e Galeria Deco) e participou de coletivas (no MASP promovido pela Associação Amigos do Masp).
Em 2016, pelo Centro de Estudos Nipo-Brasileiros, publicou o livro inédito: “História da Arte Nipo-Brasileira”, cuja versão japonesa está em sendo traduzida para o português e deverá ser lançada brevemente.