Falecimento do empresário Fumio Horii

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Faleceu, na noite de domingo, dia 16 de maio, o empresário Fumio Horii, aos 87 anos de idade. Estava há cerca de um mês internado do Hospital Sírio Libanês, para tratar de infecções provocadas pela Covid-19.

Conhecido como o “Rei do Caulim”, Fumio Horii, natural de Hiroshima, chegou ao Brasil aos 3 anos idade, em 1937, juntamente com a família. O destino inicial foi a Fazenda São Martinho (Ribeirão Preto). Em 1952, a família adquiriu propriedade no bairro de Varinha (Colônia Daruma), no município de Mogi das Cruzes, para cultivo de abóbora, batata, repolho, tomates, etc.

Nesse local, em 1961, por acaso, descobriu uma jazida de caulim, na época mineral muito valioso usado para clareamento de papel e usado para fabricação de louças. 

“Fumio não fala, Fumio age”, destaca o texto apresentado pela Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, em maio de 2018, para encaminhamento do Decreto Legislativo para a concessão do titulo de Honra a Mérito ao empresário Fumio Horii, durante as comemorações de 110 anos da imigração japonesa. “Tudo que se dispõe a fazer, faz e com dedicação” acrescenta.

De fato, em 1964, deixou a agricultura para se dedicar à empresa Mineração Horii e, em 1969, à Horii Comércio e Empreendimentos Ltda. E, hoje, o caulim fornecido pela empresa é considerado, internacionalmente, um dos melhores do mundo. 

O texto ainda destaca as principais contribuições para o município de Mogi das Cruzes, tais como a construção do Ginásio Esportivo da Porteira Preta, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE Rural da cidade, no Resort Paradise Golf construiu a Escola Ambiental e doou-a à prefeitura local, também doou o terreno e custeou toda a construção do Templo Honpa Hongwanji de Mogi das Cruzes.

Em julho de 2019, Fumio Horii foi um dos condecorados da Primavera do governo japonês com a Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro e Prata, por suas contribuições à comunidade nikkei e ao intercâmbio Brasil-Japão. O texto divulgado pelo Consulado Geral do Japão em São Paulo, indica que o condecorado como “vice-diretor do Bunkyo – Associação Cultural de Mogi das Cruzes, além de trabalhar para o desenvolvimento do intercâmbio esportivo nipo-brasileiro no município, atuou, ocupando um papel central, na realização do Aki Matsuri de Mogi das Cruzes, envidando esforços para a difusão da cultura japonesa. Ainda, contribuiu para a elevação da qualidade e a estabilidade financeira das instalações administradas pela Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo”.

Destaca ainda: “devido ao sucesso obtido com os negócios relacionados à mineração, liderou a expansão na área do comércio e trabalhou para a elevação da imagem do Nikkei, além de contribuir financeiramente para o estímulo das atividades da comunidade nipo-brasileira”.

Fumio Horii deixa a esposa Selma, duas filhas – Míriam e Marli – e três filhos Issao, Mauro e Kasuto (prefeito de Bodoquena – MS), e oito netos.

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