NO 15º FIB, A CONEXÃO BRASIL-JAPÃO E SUAS DIFERENTES FACETAS

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Cerca de 120 pessoas, vindas de diferentes localidades – de estados brasileiros como Rio de Janeiro, Bahia, Manaus, interior paulista e até do Japão – estiveram reunidos, nos últimos dias 16 e 17 de setembro, para as atividades do 15º FIB – Fórum de Integração Bunkyo.

O evento, realizado no Salão Nobre do Bunkyo e no Pavilhão Japonês (Parque Ibirapuera), teve como tema principal “Conexão Brasil-Japão”.

O FIB é um evento que reúne representantes de associações que, por meio de palestras, workshops e troca de experiências, busca estimular o fortalecimento de redes de conhecimento coletivo e colaborativo e o engajamento de lideranças de diferentes gerações.

“Acho importante destacar que o FIB reuniu muitos participantes vindos de longe, com grande participação de jovens patrocinados pelos presidentes e líderes de suas entidades”, afirmou Rodolfo Wada, vice-presidente do Bunkyo e coordenador geral do Comitê Jovem. “Além disso, reuniu também muitos brasileiros não descendentes, apontando para um caminho de abertura para que as atividades das associações atinjam não mais apenas os dois milhões de brasileiros descentes, mas também os outros 201 milhões”, acrescentou.

A cerimônia de abertura, além da presença do presidente do Bunkyo, Renato Ishikawa;  foi prestigiada pelo presidente da Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), Toshio Ichikawa; cônsul para Assuntos Políticos e Gerais do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Hiroyuki Ide; presidente da Fundação Kunito Miyasaka, Roberto Nishio; do representante chefe da Jica Brasil (Japan International Agency Cooperation), Masayuki Eguchi e do presidente da Associação Cultural Nipo-Brasileira da Alta Sorocabana, Toshio Koketsu.

Após as saudações dos convidados, a palestra inaugural – transmitida online – esteve a cargo de Angelo Ishi, jornalista e sociólogo, professor da Universidade Musashi, em Tóquio, sobre tema “Conexões, desconexões e reconexões Brasil – Japão”.

Tomando como referência os ultimos 30 anos, Ishi traçou um paralelo entre os diversos acontecimentos da comunidade nipo-brasileira e a comunidade brasileira no Japão, apontando os momentos de “conexão” e “desconexão”.

Destacou que, esses brasileiros residentes no Japão, de “dekasegi” para “decasségui” (nos dicionários da lingua portuguesa), agora devem ser chamados de “imigrantes brasileiros” no Japão, mas que ainda não se livraram da “sindrome de ganhar por hora”.

De acordo com ele, é o momento para a “reconexão” por meio das lideranças do Bunkyo e da comunidade brasileira do Japão. Ressalta que o Bunkyo pode transmitir para a comunidade brasileira no Japão experiências como o modelo de associativismo, as formas de cultivar relações e negociar com as autoridades; as formas de preservar a memória coletiva, a busca de interesses comuns e organizar gestões cojuntos para concretizá-los, entre outras.

Assista à integra da palestra de Angelo Ishi no