Na escuridão da noite, as imagens multicoloridas, em movimentos lentos (ou frenéticos), tomam conta de cinco diferentes espaços do Pavilhão Japonês.
Todo o conjunto emerge das sombras das árvores e ganham vida em imagens geometricamente concatenadas e multicoloridas, em figuras que parecem andar nas paredes. Ou ainda, em palavras-chaves e mensagens em texto.
A projeção de imagens cria cinco diferentes ambientes, cada um com efeitos inusitados. Destaque, por exemplo, para o Salão Principal do Pavilhão que é subitamente transformado num “aquário” com uma profusão de imagens das quatro estações do ano. Na Sala de Exposição, um momento de surpreendente interatividade conectada por sensores (festa para as crianças e adultos!).
Trata-se do evento “Japão Digital – Projeção Mapeada no Pavilhão Japonês” que será realizado nos próximos finais de semanas – dias 7, 8, 13,14 e 15 de março no Pavilhão Japonês, localizado no coração do Parque Ibirapuera.
Evento especial para um ano tão marcante
Em entrevista coletiva, no ultimo dia 5, o diretor-geral da Fundação Japão em São Paulo, Masaru Susaki, ressaltou o “enorme prazer em apresentar à cidade de São Paulo este evento num ano tão marcante para o esporte e para o intercâmbio Brasil-Japão”. Explicou: além dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que acontecem no Japão, o Bunkyo comemora 65 anos de atividades e a Fundação Japão em São Paulo, 45 anos de instituição no Brasil.
O presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês, Claudio Kurita, agradeceu “o presente que o Pavilhão e todos os visitantes estão recebendo da Fundação Japão”. Ressaltou que, nesse ano de comemorações marcantes, um evento da mais alta tecnologia criando espaços cênicos “é muito especial para uma instalação tão emblemática para a comunidade nipo-brasileira”.
Takashi Isoda, presidente da Visualbeats, empresa japonesa responsável pela projeção mapeada, conta que o trabalho começou a ser planejado a partir de fotos do local. “Por meio da computação gráfica são feitos os recortes para encaixar as imagens e os movimentos”.
Informa que já criou esses espaços cênicos não apenas para o Japão, como para diversos países (a primeira no Brasil). Desta feita, além das imagens, conta que, para a trilha sonora, “estudou especialmente as músicas que pudessem criar uma sonoridade compatível com a cultura do país”. Informou ainda que os potentes equipamentos de projeção – que considerou “excelentes” – foram alugados no Brasil.
Durante a exibição da Projeção Mapeada, o grupo Wadaiko Sho fará apresentação de taiko em sincronia com a sequência de imagens.
É um espetáculo inédito que vale a pena conferir.