Preservação do acervo de artes plásticas do Bunkyo

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Uma das obras armazenadas nos traineis “Trabalhadores da Amazônia” (1955) doação do artista Tomoo Handa, um dos idealizadores da instalação do Museu de Arte Nipo-Brasileiro

No Bunkyo, os eventos promovendo as artes plásticas, principalmente relacionadas aos artistas descendentes de japoneses, datam desde a inauguração de sua sede, em 1964. Na organização desses eventos, destaque à liderança dos artistas do Seibi-kai (Grupo de Estudos de Artes Plásticas de São Paulo, fundado em 1935).

Essa participação dos artistas plásticos nikkeis junto à entidade, resultou numa série de importantes exposições de artes, envolvendo nomes de destaque nacional e internacional.

Em 19 de outubro de 1995, junto com a abertura da 24ª Exposição de Arte Bunkyo, foi inaugurada a instalação do Museu de Arte Nipo-Brasileiro, um sonho acalentando pelos artistas desde a década de 1980. Assim, além da exposição permanente das obras, esse Museu também seria responsável pela administração e preservação do acervo de inúmeras obras doadas pelos artistas.

Inúmeros entraves dificultaram o cumprimento das metas (principalmente falta de recursos) e, as obras doadas enfrentavam sérios problemas de armazenamento.

Em 2012, com as amplas reformas no prédio, o espaço do Museu de Arte Nipo-Brasileiro foi transformado em salas para reuniões e eventos, sem uma solução definitiva para as obras de arte do acervo.

Finalmente, em 2020, com os subsídios do Programa “Apoio aos Japoneses Residentes no Exterior e aos Nikkeis por meio das Organizações no Exterior” da JICA Brasil – Agência de Cooperação Internacional do Japão foi possível garantir as condições apropriadas para o armazenamento das obras.

Foto da instalação dos traineis no Museu
Traineis com as obras do acervo do Museu

Assim, foram adquiridos arquivos deslizantes (traineis), com total de 19 prateleiras, suficientes para acomodar a maioria das 150 obras do acervo do Museu de Arte Nipo-Brasileiro.

“Acredito que, com os subsídios da JICA foi possível viabilizar o Museu de Arte Virtual que, por meio da internet, permite aos interessados do mundo inteiro o acesso aos trabalhos; como também, a organização do acervo material em traineis que possibilita uma pesquisa com mais facilidade”, destacou o coordenador geral dos projetos e vice-presidente, Valter Sassaki.

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