Grupo Volga Coral e Danças Folclóricas da Rússia
“Essa 50ª edição foi uma referência para a história de nosso festival, tanto como marco da longevidade desta realização, também pela energia pulsante entre os grupos, como do público, para compensar os três longos anos de interrupção do evento por conta da pandemia”, afirmou Teruco Kamitsuji, presidente da Comissão de Danças Folclóricas Internacionais.
A 50ª edição do Festival, nos últimos dias 23 e 24 de setembro, reuniu a apresentação de 26 grupos representantes de 17 países. Com o Grande Auditório do Bunkyo lotado (principalmente na tarde de domingo), o evento foi bastante animado pelo clima de reencontro e confraternização entre os integrantes dos grupos e entre as famílias presentes.
Além disso, nos corredores, a movimentação dos dançarinos com seus trajes típicos, multicoloridos. No hall, o vai-e-vem do público pelos estandes dos grupos folclóricos com artesanatos, doces e salgados típicos.
Entre os presentes, a presidente Teruco, destacou o diretor-presidente Hiroshi Hara, da Jetro (Japan External Trade Organization) que, animado, contou “nunca ter visto um espetáculo cultural de tanta beleza”. Também, entre os convidados, esteve o cônsul-geral do Peru em São Paulo, Armando Monteagudo Pacheco, que, de acordo com a presidente, expressou interesse participar do Festival.
Legendas:
- Na cerimônia de abertura, a saudação do ex-presidente André Hayashi
- No encerramento, no palco, a gran finale com a confraternização dos grupos participantes
- Apresentação do Grupo Folclórico Kantuta Bolívia
História de várias gerações
André Ryo Hayashi, que participou da coordenação do Festival desde 1979 (quando se realizava a 7ª edição), escreveu em suas reminiscências publicadas no folheto da 50ª edição que, em 1972, o então presidente do Bunkyo, Nobumitsu Sangoro, no Sesquicentenário da Independência do Brasil, “teria vislumbrado a oportunidade, nesse universo de comemorações da efeméride, abrir as portas do Bunkyo para os brasileiros de todas as origens, promovendo um grande encontro de diversas comunidades de imigrantes”.
De acordo com ele, “o Festival resultou exitoso porque imperou entre todos os participantes o clima de harmonia, de tolerância e companheirismo, essenciais para a construção algo mais positivo do que aquele momento que viviam”, ou seja, “o Brasil, naquele ano, ainda vivia um ambiente político nebuloso, com sérias restrições sobre a liberdade individual”.
Segundo Hayashi, “o Festival se apresentou como uma oportunidade de homenagear a liberdade, porque em seu bojo, como uma verdadeira ode, fazia uma clara apologia à convivência pacífica em harmoniosa dos diferentes, raiz essencial da verdadeira democracia”.
“Daí, em diante, o Bunkyo deveria assumir o papel de estimular, através de novas edições do Festival, as diversas comunidades a preservarem as suas culturas”, ressalta. “Constato que o espírito que norteou os Festivais sobreviveu a todas as crises que surgiram”, afirma. “Mas, a cada crise, a superação aconteceu porque os sonhos e as visões nunca foram abandonadas ou perdidas”.
“Ressalte-se que 50 edições do Festival representa uma história de várias gerações, e que este rememorar significa que os de hoje vão se lembrar de muitos daqueles que nos deixaram este legado”, salienta.
O 50º Festival de Danças Folclóricas Internacionais realizou-se com o apoio da Fundação Kunito Miyasaka, Honda, Kuba Turismo, Nicom, Colégio Benjamin Constant, Sakura Alimentos e Camisetas Promocionais.
Galeria de Imagens:
Legendas:
4 – Apresentação da Mabruk! Companhia de Danças Folclóricas Árabes – Síria
5 – Cônsul-geral do Peru Armando Monteagudo Pacheco (camisa escura), presidente da Jetro Hiroshi Hara e presidente da Comissão organizadora do Festival Teruco Kamitsuji junto com membros de vários grupos
6 – Integrantes do Awaodori – Represa representantes do Japão
7 – Apresentação do Grupo de Danças Folclórica Alemãs do Colégio Benjamim Constant
8 – Apresentação do Neola Arteri – Grupo de Danças Folclóricas Gregas
9 – Apresentação do Grupo de Danças Folclóricas Ucranianas Kyiv